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sexta-feira, 12 de maio de 2017

PROGRAMAÇÃO DO DIA 08, 09 E 11 DE MAIO


 Uma surpresa inesperada - AUTORA: Witchgiza



capítulo I

Era noite de lua cheia num dia de outono chuvoso e acabava de chegar aquela casa, chegava para me abrigar, mas sentia nela algo que remetia uma lembrança mas não sabia qual era, já que não estive ali, pelo menos não me lembrava.
Resolvi entrar, já que era uma casa abandonada, de andar, com a aparência de que fazia muito tempo que ninguém morava naquela casa podia enfim passar uma noite ali já que aquela chuva não iria parar tão cedo, mas o mais estranho é que aquela casa os moveis ainda se encontravam ali, parecendo sei lá o que, não sei se era abandono ou fuga ou se era algo que se encontrava na justiça, enfim, como não tinha ninguém resolvi me abrigar.
Luz de lampiões e velas? Estranho, só via isso em filmes antigos, mas o bom que como não era luz elétrica não iria levantar muito de alguém que estiver passando querer se abrigar também.
Acendi então, vários candeeiros, vários castiçais percorrendo pela casa, resolvi então ver se tinha algo que pudesse comer, mas como era de se esperar, só tinha chá de artemisia. Resolvi então fazer e beber, enquanto a água no fogão fervia dentro daquele bule, subi as escadas e fui de encontro a encontrar alguma roupa seca, e um quarto onde pudesse repousar.
Estranho como cada cômodo, cada coisa nesta casa me soa tão familiar. Sabia onde ir e qual quarto entrar. De fato entrei num quarto belíssimo, com uma cama em madeira rústica com uma colcha de cetim vermelho com um espelho enorme na parede, uma penteadeira que tudo parecia ali nunca ter sido mexido.
Fui até o closet e vi inumeros vestidos, mas um deles me agradou de tal forma, que resolvi imediatamente trocar pelas roupas molhadas. Era um vestido preto com detalhes no corselete e uma saia longa um pouco rodada. Estava exuberante com ele, me sentindo a mulher mais temida e mais linda de todas.
Então, numa casa onde só o barulho da chuva lá fora ecoava por entre aquelas paredes, escutei enfim o som da chaleira e fui de encontro a cozinha para enfim preparar o meu chá de artemísia.


Capítulo II

Após tomar meu chá de artemísia, resolvi repousar naquela cama maravilhosa pois de repente me deu um sono absurdo. Segui adiante àquele quarto maravilhoso para poder descansar. E então, adormeci. Senti por entre aquela colcha uma mão percorrendo meu corpo, me tocando, e de repente senti como se estivesse sendo mordida, resolvi então despertar.
Ao olhar para debaixo da colcha não havia nada, e nem ninguém. E fui até o espelho me olhar para ver se estava marcada. E de fato estava com algumas marcas pelo corpo. Mas como isso era possível? Como pode algo ou alguém estar me tocando se não tinha ninguém.
Então, ao olhar em direção a porta vi a sombra de um homem em pé me observando e perguntei quem era ele, mas não tive resposta. Senti dentro de mim meu sangue gelar e ao mesmo tempo não tinha medo daquele homem ali em pé me olhando e então, aquela sombra que estava ali começa a correr pelo corredor e enfim, tomei coragem e fui adiante atrás daquela sombra.
Só que a sombra daquele homem sumiu por entre aquela parede do corredor que terminava ali. Então na minha cabeça comecei a escutar uma voz:
- Sua tonta, puxa o candelabro que está preso na parede que você vai ver o que acontece!
Meu corpo dizia não mexa, não mexa, mas a voz era mais forte que meu corpo e então puxei aquele candelabro e enfim, a parede começou a abrir.
Era uma passagem secreta, mas como estava escuro, resolvi voltar ao quarto para pegar aquele candieiro que deixei lá, mas ao virar as costas para voltar, senti sua mão me tocando e assim uma voz ao pé do meu ouvido dizendo:
- Volte, a luz irá surgir a cada passo que der aqui dentro, aqui é o seu lugar, é onde você deve estar de volta.
Fechei os meus olhos, pois não queria olhar um misto de medo e angustia, mas não um medo daquela voz sussurrando ao meu ouvido, mas medo do que eu iria descobrir.
Então o obedeci e segui adiante. A cada passo que dava sob aquele corredor de parede de pedras e descendo aquela escada, as luzes das tochas iam se acendendo como um passe de mágica.

Capítulo III

A cada passo que dava sentia meu coração acelerar mais e mais, e enfim cheguei aonde aquela sombra daquele homem me levou, simplesmente não acreditava no que estava vendo, era simplesmente lindo!
Caldeirão, pós e poções sobre umas prateleiras de madeira, mas espera aí? Tem algo mais ali a frente!
Resolvi seguir adiante por detrás daquelas cortinas velhas e lá estava ela dentro de um círculo mágico todo iluminado com velas, mas eu não conseguia vê-la direito pois ela estava toda encolhida com o rosto atrelado ao chão, mas a sombra daquele homem veio se aproximando e chegando bem perto das iluminações de um candieiro em cima de uma mesa velha de madeira.
Eu não acreditava no que via em minha frente! Era ele! Ele que sempre vinha nos meus sonhos. E então ele enfim começa a falar comigo com um sorriso meigo:
- Bem vinda de volta meu amor!
Amor! Que amor que ele estava falando ali? Pensava comigo.
- Você mesmo minha cara feiticeira. Partiste para outro mundo e nem sequer me levaste.
Resolvi então começar minhas perguntas a ele:
- Eu? Tem certeza que eu sou uma feiticeira? Acho que estás a confundir com outra pessoa.
- Não estou não. Feche os olhos, e veja dentro de você o que estou falando.
Resolvi fechar então meus olhos, afinal, o que tinha a perder mesmo. Comecei então a sentir em mim uma energia muito forte, um calor fora do comum, e resolvi abrir meus olhos.
Não acreditava no que estava vendo, estava eu dentro do círculo totalmente nua olhando para aquele homem. Mas afinal cadê a mulher que estava aqui? Quem era ela que sumiu tão rápido e me fez estar aqui no lugar dela?
- Viu como você esta de volta aonde deveria estar! Viu como está de volta ao seu lar! Me falava ele.
- Não estou vendo nada, estou vendo apenas uma mágica que nem sei como aconteceu e eu estou aqui no lugar daquela mulher cadê ela? Perguntei aquele homem.
- Fecha os olhos novamente. Pede ele a mim.
Não sei para que tanto fecha olho, abre o olho, mas tudo bem vou fazer o que ele manda, quem sabe não volto ao normal. Fechei meus olhos e comecei a sentir a mesma sensação de novo, e resolvi então abrir meus olhos. Mas afinal o que é isso?
Não acreditava no que estava vendo, ele em pé atrás de mim, colocando em mim um colar com um pentagrama e estávamos frente aquele espelho e tudo o que parecia velho estava como se nunca tiv esse sido abandonado.
O abracei com tanta intensidade depois de ver o colar que não acreditava no que acontecia.
- O que foi meu amor? Me falava ele ao meu ouvido.
- Nada meu querido, só estamos juntos aqui onde voltei ao meu lar, o lar que nunca deixei de estar.
Enfim, acordei ao lado daquele homem maravilhoso que já havia feito parte de outras vidas ao meu lado. Era apenas um sonho, mas um sonho que mostrou apenas uma realidade do que sempre fui.

#Fim#

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